Qual é o sentido da vida? Buscamos respostas na filosofia e na religião para nossas angústias, mas será que os gatos não têm algo a nos ensinar?
Ao buscar soluções para nossas grandes inquietações, a humanidade criou, entre outras coisas, a filosofia. Pensadores, de Spinoza a Berdiaev, têm se debruçado sobre questões humanas perenes, mas talvez tenhamos tanto a aprender com gatos quanto com os grandes filósofos. Filosofia felina aborda várias linhas filosóficas ao longo do tempo e coloca outra perspectiva em destaque: a dos gatos.
Analisando a natureza felina, com a participação de personagens inusitados – como a gata de Montaigne; Mèo, o gato sobrevivente da Guerra do Vietnã; ou Saha, a heroína do curto romance La Chatte [A gata] (1933), escrito por Sidonie-Gabrielle Colette –, somos confrontados com a complexidade infrutífera que nós, humanos, criamos para nós mesmos. John Gray coloca frente a frente o comportamento dos gatos e algumas das maiores questões da humanidade: a busca pela felicidade, a ética e a moralidade, o amor, o tempo e a morte, o sentido da vida.
Filosofia felina traz uma reflexão profunda e provocadora sobre nossa visão de mundo, nossa pretensão à superioridade, a vulnerabilidade e a solidão fundamentais da espécie humana. John Gray propõe que experimentemos a vida sem ilusões, autoenganos e buscas imaginárias, e mostra que podemos enfrentar sofrimentos e transformações como os gatos sempre fizeram – sem medo constante e com alegria de viver no presente.