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A principal preocupação dos pais é corrigir as faltas de seus filhos, ensinando o que lhes parece ser correto, com preceitos e admoestações, e, se não bastarem, com reprimendas e castigos. É indiscutível que ninguém mais do que a família tem o direito de adotar a punição como recurso educativo. Mas este direito faz pesar sobre os pais uma imensa responsabilidade: assumindo essa posição, eles têm a obrigação de servir continuamente de exemplo. É muito difícil tornar-se de repente um modelo de perfeição, a ponto de valer a pena ser imitado pelas crianças. Até o momento em que aquela nova vida inocente floresce no seio da família, pai e mãe rivalizavam apenas em admitir cada um os seus próprios defeitos. Considerando suas faltas, reconheciam-se como seres imperfeitos. De repente, porém, aparece-lhes um novo dever: o dever de serem perfeitos. Mas não; não é nosso dever parecermos perfeitos aos olhos das crianças. Ao contrário, é necessário reconhecer nossas falhas e aceitar pacientemente as suas justas observações quando fazemos algo injusto. Procurarei enunciar alguns princípios que podem ajudar os pais a encontrar o caminho certo.