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AB Cena

R$45,00
Há uma frase de que gosto bastante que talvez sirva aqui de exemplo para o que este livro propõe. Ela é de Gonçalo M. Tavares e lê-se como segue: “Errar, circular, hesitar em redor do que não tem solução: um método”.

Vejamos:

“Uma mulher canta Lady Gaga como se estivesse se livrando dos espartilhos.”

“Uma mulher salta no rio e nada com seus ancestrais.”

“Uma mulher deita a cabeça no travesseiro e acorda muito tempo depois, amanhã.”

Poemas, ficções curtas, dramaturgia, registro de sonhos? Apresentando-se como uma interessante proposta intergênero, os textos deste livro não parecem querer ser rotulados. Se, do ponto de vista dessa escrita intergênero, podemos filiá-lo a escritoras como Anne Carson e Matilde Campilho (para citar apenas duas), a investigação de existências de mulheres se situa, na literatura brasileira, com pelo menos três precedentes importantes de serem mencionados: O útero é do tamanho de um punho, de Angélica Freitas, uma mulher, de Flávia Péret, e Mulher sob a influência de um algoritmo, de Rita Isadora Pessoa.

Os textos de Ab cena são, nesse sentido, a continuidade de uma tradição que se instaura com força na poesia contemporânea brasileira e colocam sob os holofotes uma mulher (ou várias mulheres?) que, em algum momento, sente-se afinal livre e se permite algo — ou, pelo contrário, faz “o que se espera” dela. Lendo os textos na sequência, cumulativamente apresentam-se variadas possibilidades interpretativas que hesitam, como método, em redor de questões poderosas sobre as experiências humanas.
Descrição
Há uma frase de que gosto bastante que talvez sirva aqui de exemplo para o que este livro propõe. Ela é de Gonçalo M. Tavares e lê-se como segue: “Errar, circular, hesitar em redor do que não tem solução: um método”. Vejamos: “Uma mulher canta Lady Gaga como se estivesse se livrando dos espartilhos.” “Uma mulher salta no rio e nada com seus ancestrais.” “Uma mulher deita a cabeça no travesseiro e acorda muito tempo depois, amanhã.” Poemas, ficções curtas, dramaturgia, registro de sonhos? Apresentando-se como uma interessante proposta intergênero, os textos deste livro não parecem querer ser rotulados. Se, do ponto de vista dessa escrita intergênero, podemos filiá-lo a escritoras como Anne Carson e Matilde Campilho (para citar apenas duas), a investigação de existências de mulheres se situa, na literatura brasileira, com pelo menos três precedentes importantes de serem mencionados: O útero é do tamanho de um punho, de Angélica Freitas, uma mulher, de Flávia Péret, e Mulher sob a influência de um algoritmo, de Rita Isadora Pessoa. Os textos de Ab cena são, nesse sentido, a continuidade de uma tradição que se instaura com força na poesia contemporânea brasileira e colocam sob os holofotes uma mulher (ou várias mulheres?) que, em algum momento, sente-se afinal livre e se permite algo — ou, pelo contrário, faz “o que se espera” dela. Lendo os textos na sequência, cumulativamente apresentam-se variadas possibilidades interpretativas que hesitam, como método, em redor de questões poderosas sobre as experiências humanas.
Informação Adicional
Peso em Kg 0.3000
Autor Não
Tradutor Não
Ano de EdiçãoAno de Edição Não
Editora Não
ISBN Não
Ano Não
Edição Não
Origem Não
Formato Não
Encadernação Não
Idioma Não
País Não
Páginas Não
Comprimento (cm) Não
Altura (cm) Não
Largura (cm) Não
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