Uma emocionante ode de Neil Gaiman à criatividade, à imaginação e ao poder transformador da arte
“O mundo sempre se ilumina quando você faz algo que não existia antes”, diz Neil Gaiman na epígrafe de Arte importa, uma reunião de quatro textos breves e inspiradores do escritor sobre o fazer artístico. Com artes de Chris Riddell, ilustrador renomado e parceiro de longa data de Gaiman, o livro explora como ler, imaginar e criar livremente podem ser elementos revolucionários capazes de mudar o mundo.
Em “Crença”, Gaiman faz um manifesto a favor das ideias e da liberdade, escrito em decorrência do ataque terrorista à sede do jornal francês Charlie Hebdo, em 2015. Em “Por que nosso futuro depende de bibliotecas, leituras e devaneios”, o autor explica como ler — sobretudo por prazer — gera empatia, nos ajudando a imaginar mundos e realidades diferentes e a entender que as coisas não precisam ser como são.
Presente também na coletânea Alerta de risco, “Fazendo uma cadeira” é um incentivo a todos que já se viram sem motivação para criar, pois para Gaiman fazer um livro é um pouco como fazer uma cadeira. Aos poucos, peça por peça, tudo começa a se encaixar. O último texto, “Faça boa arte”, é um velho conhecido dos fãs do autor. Publicado em 2014 em formato de livro, o famoso discurso de Gaiman na University of the Arts, na Filadélfia, encoraja artistas de todas as áreas a quebrar regras, a cometer erros fantásticos e, acima de tudo, a fazer boa arte.
Com leveza e humor, Arte importa é um livro emocionante e necessário, um apelo inspirador à imaginação e à coragem de criar diante de momentos difíceis. “Seja valente. Seja rebelde. Escolha a arte. Ela importa.”