História

A obra resgata a história de grupos de canto, corais e bandas da região, o ambiente dos chamados filós que reuniam famílias em torno da música, gastronomia, vinhos e jogos trazidos pelos imigrantes à região. O livro é um registro da vivência de 40 anos de Farina como regente de coros e um convite para o leitor viajar no tempo, relembrar as origens de toda uma cultura que se fortaleceu sob a forma de música. Farina, que mora em Bento Gonçalves, nasceu em 1948 em Ibiraiaras e iniciou sua trajetória ligada à cultura em Nova Prata, ainda na década de 1970. Regente, professor de português, literatura e música, já publicou os livros História de Nova Prata, Memórias do Cotidiano, Reencontro, História de Veranópolis e Ricordi Taliani, além de ter participado de obras coletivas como "Nós, os Ítalo-Gaúchos".

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Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, nunca foi herói ou vingador. Terrorista mercenário que extorquia os ricos e destroçava a vida dos pobres com sadismo bestial, foi um criminoso serial que promoveu uma simbiose entre o cangaço e o coronelismo e, na prática, tornou se um coronel itinerante de coronéis sedentarizados. Agente da miséria a soldo dos donos do poder que sempre lucraram com essa miséria, Lampião compartilhou com eles esse lucro: O proletariado miserável, pobre e mediano era vítima desse cangaceiro parasitário e sádico. A falsa estética do seu heroísmo, a grande mentira do mito de Lampião foi engendrada pelo comunismo brasileiro em meados da década de 1920. Fake news perversa, o retrato de Lampião como herói ou injustiçado ou qualquer coisa que o valha é, em última análise, um fenômeno produzido pela