Literatura Brasileira

Perfumes e moscasO real e o insólito em contos instigantes, experimentais e dramáticosLibretos lança livro de projeto contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves, com contos de Ismael Sebben – seis deles em podcast, gravados pelo próprio autor. Perfumes e moscas, de Ismael Sebben, traz contos carregados de símbolos: a cegueira, a chave, a ostra, a casa e, principalmente, os insetos: formigas e moscas por toda a parte.O livro Perfumes e moscas, do autor gaúcho Ismael Sebben é composto de 21 contos, dos quais seis deles estão disponíveis em podcast, no site da Libretos editora. O autor era um adolescente inquieto, curioso, que sempre gostou de escrever, atuar, cantar e se divertir. Nasceu em Bento Gonçalves, em 1984, mas ganhou a estrada no mundo. Quando voltou para sua cidade natal queria transformar tudo em arte. Um trabalhador das palavras, foi um leitor exigente e possui uma autocrítica que o assombra: a existência de vários importantes escritores. Ilustração: “A mosca”, de Fábio Valle; 4ª capa: Tabajara Ruas (escritor e cineasta); Orelha: Juliano Dupont (jornalista e radialista); Apresentação: Douglas Ceccagno (escritor, professor de Literatura e doutor em Letras).Ismael Sebben é graduado em Letras e também ator e professor. Atua na cena cultural da região da serra gaúcha, promovendo eventos. Ator formado, participou de muitas montagens teatrais – especialmente, em São Paulo –, de curtas-metragens, e ministrou cursos na área. Perfumes e moscas marca sua estreia na literatura.“Neste tempo da Grande Pandemia, vírus novo e política antiga, a inércia domina os espíritos e a desesperança fecha os corações. Mas não de todos. Há os que protestam, que pintam, que filmam, que compõem. Ismael Sebben escreve. Este é seu primeiro livro. E ele concebeu seu livro em época de perseguição raivosa aos criadores com um equilíbrio de combatente veterano.” Tabajara Ruas, escritor e cineastaA equipe do projeto conta com o produtor cultural Rogério Rodrigues e com o ilustrador Fábio Valle. São parceiros também o músico Darlan Macedo, compondo uma das trilhas de um dos contos, o escritor Douglas Ceccagno, que faz a apresentação do livro; Juliano Dupont, radialista, jornalista e amante da literatura, que escreveu a orelha, e o escritor e cineasta Tabajara Ruas, que “apalavrou” à contracapa. Além desses, é parceira ainda a Produtora 3em1, onde o próprio autor, Sebben, gravou seis (6) contos que poderão ser acessados por QR code, ou seja, trata-se de um livro e um audiolivro. O livro foi editado pela editora Libretos, de Porto Alegre; o design gráfico é de Clô Barcellos. O projeto cultural foi contemplado pelo Fundo Municipal de Cultura de Bento Gonçalves/2019.

Onde mora o poeta? Onde habita a poesia? Onde ela nasce? Perguntas e respostas que se confundem. Poeta ou Poesia orbitando ou habitando todos os lugares por onde transitam as emoções da alma ou onde nasce a revolução?

A poesia tem esse encanto, esse alento, essa inquietude de atravessar tempo e espaço e cravar no peito a desconstrução de paradigmas. É como escreve Dinarte: janela pressupõe paisagem paisagem sugere espaço espaço lembra liberdade liberdade resgata ideias ideias põem em movimento o inconformismo

Poesia reunida - vol. 3 : 2005-2011

Contos gauchescos e lendas do Sul

Olhos D'Agua

Anzóis do tempo

"Cartas não enviadas “[...] sei bem do que você vai me chamar. Louca. Não será a primeira vez, mas agora talvez tenha um motivo, basta que leia esta carta até o fim. De louca você me acusará e tem a prova nas mãos.” E se colocássemos no papel todas as nossas queixas, os nossos recalques, a nossa indignação que nunca ousamos verbalizar? Neste livro surpreendente, que flerta com toda a tradição de literatura epistolar, Martha Medeiros compõe microcontos na forma de cartas de desabafo. Personagens vivendo em situações-limite cobram, xingam e esbravejam em missivas que tratam de traumas, de perdão, de maternidade, de sororidade (ou da ausência de), de desilusões amorosas. Um pai que lamenta a perda de um filho que ele nunca conheceu, uma mulher que escreve para seu amado, já falecido, uma mãe que cobra sua própria mãe, ausente. Estão aqui todas as cartas que não enviamos, mas que poderíamos ter escrito."

Quincas Borba