Literatura Brasileira

Dom Casmurro é um romance que marcou a literatura brasileira. A história vivida por volta de 1857, no Rio de Janeiro, é narrada por Bentinho, menino de família religiosa que é prometido para ser padre. Sob sua ótica trágica e solitária, o protagonista apresenta suas memórias desde a infância até a morte. Bento tenta evitar o seminário para poder manter sua relação afetuosa com a vizinha, Capitu, personagem intrigante e audaciosa. Passando pelas aventuras da juventude, a trama revela um amor intenso e arrebatador. Na mesma intensidade da paixão, o autor constrói a personalidade complexa de Dom Casmurro (Bento), centralizada em sua dramaticidade. Considerada obra-prima nacional, com seus personagens marcantes, o romance enigmático permite que o leitor tire suas próprias conclusões. Além disso, por explorar questões sociais e o conservadorismo da época, inspira a literatura de modo atemporal.

O dia da rua

Vidas Secas é um retrato árido e melancólico do sertão nordestino, em que uma família nômade luta para sobreviver em meio à implacável seca. Fabiano, sinha Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia são personagens marcados pelo destino cruel que parece condená-los à eterna errância em busca de um pedaço de terra fértil e de um vislumbre de esperança. Graciliano Ramos tece sua prosa poética com cores desbotadas, delineando a paisagem desoladora e as almas sedentas que a habitam, revelando a luta diária pela dignidade em um cenário onde a aridez da terra espelha a dureza das vidas que ali se desenrolam. Mergulhe profundamente neste clássico absoluto da literatura brasileira em uma nova edição com ilustrações profundas e encantadoras inspiradas no estilo cordel.

Amor de perdição (edição de bolso)

O que não tem limite: o erotismo na poesia de Chico Buarque, dissertação apresentada por Leandro Henrique Ortolan, como requisito para obtenção de título de mestre em Teoria da Literatura, é um trabalho muito bem escrito, bem fundamentado e eficientemente articulado no que diz respeito à teoria aplicada ao material de pesquisa. Destaque-se aqui a variedade de aportes teóricos utilizados pelo autor, que vão da psicanálise, especialmente as noções de princípio de prazer e princípio de realidade, de Sigmund Freud, noções revisadas por Herbert Marcuse, em Eros e Civilização: uma crítica filosófica ao pensamento de Freud; passando pela estilística, especialmente no que se refere às figuras de linguagem; pelo formalismo russo; pela sociologia da literatura, notadamente a Teoria Crítica, da Escola de Frankfurt; pela fenomenologia e pela semiótica, entre outros campos. Tal variedade de instrumentos teóricos enriquece, sobremodo, a dissertação que agora transforma-se em livro. O conjunto resulta em excelente exegese dos procedimentos construtivos e expressivos de Chico Buarque de Hollanda e dá conta das articulações das letras de suas canções com a política, com a história, com a economia, com a sociedade, enfim. Charles Kiefer

O Castigo da Espera nos remete ao tão conhecido cantinho da disciplina, no qual, como forma de aprendizado, somos forçados a ficar parados, totalmente dependentes e sujeitos a esperar o tempo passar. Esse tempo muitas vezes parece sem fim, onde o ponteiro do relógio até anda, mas parece que não se move; onde os dias, meses e anos passam e parece que nada de bom acontece. Baseada nas Escrituras, a autora não compartilha meramente seu testemunho, mas suas experiências e aprendizados em Deus, frutos de um processo no qual, após cinco anos de muita dor e perda de sua independência, precisou optar pela amputação de um membro. Ao revelar seus conflitos, num profundo explanar da Palavra de Deus, nos mostra que há uma decisão e responsabilidade em nossas mãos que não devem ser ignoradas, uma escolha baseada na obediência que determinará os nossos dias futuros, expressando a importância da nossa confiança e alicerce estarem devidamente firmados em Deus. Neste livro, o seu nível de contentamento, dependência e amor pelo Senhor serão colocados à prova, sua fé será fortalecida, você confiará nEle independentemente das circunstâncias e não O deixará por nada!

Monomanias Afasto os sentidos da consciência do mundo Nos segundos insanos do sol a golpear os vidros Amanheço na lobotomia de horizontes pálidos. Nem o uterino calor do algodão doce Nem o resquício da sanidade

Escritora, bailarina, estudante, filha, irmã, sobrinha, neta, namorada e amiga. Eduarda Braun foi muitas em uma só e cada versão foi vivida de forma plena e intensa. Duda Vive é uma celebração à vida cultural de uma artista inspiradora que respirou arte e criou um legado inesquecível. Rodeada pela cultura desde sua primeira infância, Duda sempre demonstrou grande amor por criar histórias através de textos em páginas de cadernos ou coreografias em palcos. Sua mente, corpo e coração eram guiados pelo anseio de compartilhar seu mundo interior. Nevasca é o primeiro volume de uma trilogia inacabada que entrelaça romance e fantasia em uma história envolvente. As influências literárias e cinematográficas da autora, bem como sua própria personalidade, transparecem na trama através de um enredo cativante e, principalmente, de sua personagem principal, Kora. Uma menina determinada e astuta que enfrenta adversidades com toda a bravura e delicadeza que reside na alma de Eduarda Braun. The Mischievous Poet, o caderno de poesias, é um relato harmonioso do crescimento de Eduarda Braun em toda sua complexidade. As diversas camadas de sua personalidade dançam pelos versos com a mesma leveza que a autora dançava pelos palcos. Através de seus poemas, vemos o mundo com o olhar ingênuo que somente uma alma sábia é capaz de proporcionar. Com sua vida, Duda inspira. Com suas histórias, Duda se eterniza. Com sua leitura, Duda Vive.

Trazmundo e Pegavento é mais que uma história, nos remete diretamente a tradição das fábulas. Leva o leitor pelas mãos a um lugar encantado, rico nos melhores ingredientes da literatura fronteiriça: infância, pandorgas, cata-ventos e gente que só é assim porque vive ou viveu nos descampados das nossas ventanias.Assim como o escritor Moisés Mendes nos informa em seu prefácio, Elvio consegue transformar a memória da infância em escrita. E essa virtude - a memória -, nos recompensa com a transmutação em literatura.Um livro de estreia (e que estreia), que traz a herança do contágio que o autor teve (e tem) com os livros, e levará de para uma viagem quase onírica de um passado que guardamos nas nossas mais tenras memórias.