Literatura Brasileira
-
Tudo nela é de se amar
R$49,90Luciene Nascimento é uma explosão em forma de poesia. Foi exatamente o que percebi quando, pela primeira vez, tive contato com a sua forma de compreender a identidade. Com especial talento, Luciene como que recolhe palavras que andam soltas por aí e as ressignifica, explicando, de forma terna e contundente, toda uma existência.
Foi assim que a encontrei, desavisadamente, quando assisti a um vídeo seu. Procurava alguma coisa pra fugir do tédio e das angústias do dia a dia e deparei com Luciene e seu black pro alto, tendo um cartaz de um evento do coletivo negro da Universidade Federal Fluminense atrás de si num vídeo com o seguinte título: “Tudo nela é de se amar”. A advogada e poetisa já começava dizendo: “Eu ouvi recentemente que sou da Geração Tombamento...”
Já não sei quantas vezes assisti ao vídeo... Fiquei a me perguntar quem era aquela grande poeta que até então eu não conhecia. Como era possível?
Fui atrás de outros vídeos e encontrei Luciene a tratar de temas diversos, sempre numa cadência tão peculiar! A sua maneira de abordar os temas guardava alguma semelhança com vários outros textos que eu conhecia e que buscavam explicar o movimento e os debates raciais da atualidade. Ali estavam as questões relacionadas à autoestima, à formação de identidade, à necessidade de se posicionar ou não, à saúde mental... No entanto, tudo isso vinha impregnado de algo inédito, absolutamente novo: a voz de Luciene. A poesia da moça falava sobre tudo que estava mobilizando a sociedade, mas de um outro jeito e com muita propriedade.
O resultado é que virei seu fã. Comecei a citá-la sempre que podia e botei um trecho de um poema seu no meu livro, Na minha pele. Até que, felizmente, um dia eu a conheci e pude perceber que, também pessoalmente, ela era vibrante, interessada, inteligente, perspicaz.
Que bom que vocês terão contato com as palavras de Luciene. Ela ajuda a criar caminhos.
Boa leitura!
Lázaro Ramos
-
-
-
-
Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco
R$59,90Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco- Sem estoque
-
-
-
Família é tudo
R$49,90Fabrício Carpinejar é poeta, jornalista e mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS, além de coordenador e professor do curso de Formação de Escritores e Agentes Literários da Unisinos. Filho do casal de poetas Maria Carpi e Carlos Nejar, nasceu na cidade gaúcha de Caxias do Sul em 1972. Recebeu diversos prêmios, entre eles o Maestrale/San Marco (2001), Açorianos (2001 e 2002), Cecília Meireles (2002), Olavo Bilac (2003) e Prêmio Erico Verissimo (2006). Carpinejar foi traduzido ao alemão e assinou contratos na Itália e na França. Participou de antologias no México, Colômbia, Índia e Espanha, e vem sendo aclamado por escritores do porte de Carlos Heitor Cony, Millôr Fernandes, Ignácio de Loyola Brandão e Antonio Skármeta como um dos principais nomes da poesia brasileira contemporânea.
- Sem estoque
-
Manual do luto
R$49,90Após o sucesso de Depois é nunca, com mais de sessenta mil exemplares vendidos, Carpinejar, vencedor do Jabuti, aprofunda seu olhar sobre a despedida no emocionante Manual do luto.
Se em Depois é nunca explicou que o luto não é uma doença e que dura a vida inteira, Carpinejar consegue o impossível: ir ainda mais além na tentativa de retratar o sofrimento da saudade. Agora fala diretamente com o enlutado. Cada capítulo é uma carta, e cada carta, uma lição de empatia.
Ele aborda todas as dores do mundo, descreve as mais graves e pungentes perdas da existência: dos pais, de um amigo, de um irmão, de um filho, de um marido ou de uma esposa.
Compara o luto a um trabalho incansável de poda da memória, de faxina existencial, em que toda despedida seria o equivalente a herdar um terreno para construir uma casa no local.
“Não há nada lá, só mato e entulhos”, ele conclui.
Com seu olhar de raio-x poético, o escritor enxerga a invisibilidade social de quem atravessa esse período marcado por confusão e privação.
“Você deve estar se sentindo invisível, a morte de alguém próximo nos torna invisíveis. Atravessamos um portal para uma dimensão alternativa da rotina. Não somos vistos, não somos percebidos como antes. É como se a dor fosse um manto mágico do desaparecimento social.
Você tampouco enxergava os enlutados antes da sua perda. Eles não tinham destaque, consistência, importância, densidade. Lembravam seres de um planeta secundário, desencaixados da normalidade e da perfeição de que até então desfrutava. E nem agia por mal, o desinteresse vinha da falta de um ponto de contato com a realidade do adeus.
Agora parece que todo luto se evidencia ao seu lado. Se você é órfão, não para de notar órfãos na sua vizinhança. Eles sempre estiveram ali, próximos e acessíveis. Só não reparava porque não tinha nascido o terceiro olho do sofrimento na sua testa.”
Até quem não perdeu um ente querido vai se render ao inventário de ausências e, por um momento, imaginar o que significaria a falta dele em sua rotina.
Que o Manual do luto sirva de alerta para não adiar mais nenhum afeto, para não deixar nenhuma amizade fundamental para depois.
Pois, “se a vida é um sopro, assobie”. Cante alto a sua presença.
-