“A mitologia egípcia nunca foi tão fascinante! Com diálogos afiados e uma heroína divertida, a série Deuses do Egito é exatamente o que você poderia esperar da autora da excelente saga A maldição do tigre.” — Aprilynne Pike, autora da série Fadas Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar. Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez. Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos. Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso. Nesta sequência de O despertar do príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas. *** Acabei caída de costas, o peso esmagador do felino em cima de mim, me obrigando a um grande esforço só para respirar. Meus braços estavam em torno da leoa e agarrei o pelo castanho. Suas garras afiadas rasgaram a pele diretamente sobre o meu coração e senti seu hálito úmido. Não conseguia entender por que não estava morrendo. Por que ela não estava me devorando. Sua cabeça tombou e girei a minha, a fi m de olhá-la; seus olhos dourados estavam vítreos. Antes de empurrar para o lado seu corpo inerte, porém, ouvi uma voz irritada dentro da minha cabeça: Fique parada até que a transformação esteja completa. Parei de me mexer e me perguntei de onde a voz tinha vindo. Que tipo de transformação estava acontecendo? Fiquei deitada em silêncio até que algo aconteceu, algo ainda mais estranho do que o corpo da leoa se dissolvendo diante dos meus olhos. Meus sentidos intensifi cados me alertaram para a presença de um estranho. Quanto mais a leoa desaparecia, mais tangível e real se tornava essa presença fantasmagórica. O ser estava comigo. Não perto de mim, mas verdadeiramente comigo, dentro da minha mente. Você consegue sentir agora, não consegue?, perguntou a voz. – Quem... quem é você? Essa não é a pergunta certa. A for-mulação correta seria: “Quem so-mos nós?” – Nós? Sim. Nós. Você não é mais Lilliana Young e eu não sou mais o que era. – O que... o que você era? A criatura que você tem nos braços. – Essa era você? Quero dizer, a voz que estou ouvindo agora é da leoa? Não exatamente. Na minha forma corpórea eu era um animal comandado pelo instinto. Abri mão do meu corpo físico para ser uma coisa nova, guardando as melhores partes de mim para trazer a esta união de mentes. Não sou mais. Você não é mais. Renascemos. Somos esfinge.
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