Bartolomeu Sozinho é um velho mecânico naval moçambicano, aposentado do trabalho, mas não dos sonhos ardentes e dos pesadelos ressentidos que elabora em seu escuro quarto de doente terminal. Ele é atendido em domicílio por Sidónio Rosa, médico português. A narrativa entrelaça a vida de Bartolomeu, de sua rancorosa mulher, Munda, da ausente e quase mitológica Deolinda, filha do casal, do dedicado Doutor "Sidonho", bem como de Suacelência, o suarento e corrupto administrador de Vila Cacimba, um lugarejo imerso em poeira e cacimbas (neblinas) enganadoras. São vidas feitas de mentiras e ilusões que tornam difícil diferenciar o sonho da realidade. Aparentemente, Sidónio veio de Lisboa para curar a vila de uma epidemia. Mas é o amor pela desaparecida Deolinda, por quem se apaixonara em Lisboa, que impulsiona seus passos mais íntimos. Quando Deolinda voltou para sua terra natal, Sidónio viu-se teleguiado pelo sonho de reencontrá-la. Mas Vila Cacimba não é o lugar do médico, nem poderá ser jamais. "No fundo, o português não era uma pessoa. Ele era uma raça que caminhava, solitária, nos atalhos de uma vila africana", diz o engenhoso narrador deste belo romance.
Descrição
Informação Adicional
Peso em Kg | 0.2530 |
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Autor | Couto, Mia |
Tradutor | Não |
Ano de EdiçãoAno de Edição | Não |
Editora | Companhia das Letras |
ISBN | 9788535927320 |
Ano | 2016 |
Edição | 1 |
Origem | Não |
Formato | Não |
Encadernação | Livro brochura (paperback) |
Idioma | Não |
País | BR |
Páginas | 192 |
Comprimento (cm) | 14 |
Altura (cm) | 21 |
Largura (cm) | 1 |
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